segunda-feira, 14 de maio de 2012

Funcionária que cobrava propina no TJ/RN é filha de advogada de Guarabira/PB


Ainda repercuti, e muito, as informações veiculadas na noite deste domingo (13), pelo programa Fantástico da Rede Globo que mostrou detalhes de um esquema que desviou mais de R$ 2o milhões em precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
A mais nova informação sobre o caso diz respeito à assessora do ex-desembargador Rafael Godeiro, a servidora pública e também advogada Ana Lígia Cunha de Castro – que é citada na reportagem e atuava como uma espécie de articuladora do esquema que cobrava propina dos advogados envolvidos nas causas.
Ana Lígia é natural de Guarabira e pertence a uma das famílias mais tradicionais da cidade. Ela é filha da também advogada Estela Cunha e do juiz aposentado e ex-delegado Lavosier de Castro.
Informações chegadas à nossa redação confirmam que no último final de semana, Ana Lígia Cunha esteve inclusive em Guarabira, onde ao lado de seus familiares, comemorou o Dia das Mães.
De acordo com a denúncia, confirmada pelo advogado Francisco Gurgel Júnior, Ana Lígia era quem cobrava as propinas em nome dos desembargadores para realizar alterações nos valores liberados pelo Tribunal. Em média, cada ação custava R$ 200 mil, na qual a advogada de Guarabira ficava com 20% do total (R$ 40 mil) e o restante era encaminhado para o presidente do TJ.
Procurada pela reportagem da TV Globo, Ana Lígia não quis dar declarações, no entanto, através de seu advogado, negou todas as acusações.

Desembargadores já foram afastados dos cargos
Entenda o caso – Uma funcionária do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), suspeita de participar de um desvio de R$ 20 milhões do órgão, acusou dois desembargadores de envolvimento no esquema. Carla Ubarana Leal, que trabalha desde 2007 na divisão de precatórios do tribunal, disse que o dinheiro roubado foi dividido entre ela e dois ex-presidentes do órgão. “Entreguei a desembargador Osvaldo Cruz e entreguei a desembargador Rafael Godeiro”, disse. O esquema usou vários métodos para fazer o dinheiro sair da conta do tribunal, inclusive pagando os chamados “laranjas”. As informações são do programa Fantástico, da TV Globo.
A funcionária do TJ afirmou que ela e o marido, que também é acusado de montar o golpe, gastaram parte do dinheiro comprando imóveis, fazendo viagens e adquirindo bens. Em depoimento ao Ministério Público do Rio Grande do Norte, Carla falou de uma mansão à beira-mar adquirida com a verba desviada. “Ela (a casa) tem, como diz meu marido, mais de 2 mil² só de grama”. Segundo o procurador-geral do Estado, Luciano Ramos, o dinheiro foi desviado por meio de precatórios. “O responsável por autorizar estes pagamentos é o presidente do Tribunal de Justiça. E, à época, eram justamente os dois desembargadores que foram afastados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ): Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro”, disse Ramos. Procurados, os ex-presidentes do TJ-RN não quiseram falar sobre o caso e negaram a acusação. Como têm foro privilegiado, são investigados em liberdade pelo STJ. Carla e o marido estão em prisão domiciliar. O casal e os laranjas respondem por peculato e formação de quadrilha.
 Da Redação com informações da Rede Globo
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