Por Alexandre Lozetti São Paulo
São Paulo ainda sente muita saudade de
Lucas. Sem o atacante, vendido por R$ 117 milhões ao PSG, o time ainda
não se encontrou. Ney Franco procura – e não encontra – um substituto
para o jogador, que também deixou lacuna enorme no coração dos
torcedores. Mas a saudade é recíproca. Em Paris, onde é muito bem
tratado pelos franceses, o jogador disse que acredita na classificação
do Tricolor para as oitavas de final da Taça Libertadores.
O time precisa vencer o Atlético-MG,
melhor da competição até agora, com 100% de aproveitamento e nove pontos
a mais do que o Tricolor em apenas cinco rodadas, e ainda torcer para
que o Strongest não derrote o Arsenal. Se o jogo da Argentina terminar
empatado, o São Paulo ainda poderá ter de construir uma diferença de
pelo menos dois gols. Para piorar, o artilheiro Luis Fabiano e o melhor
jogador da equipe, Jadson, suspensos, não poderão jogar.
Mesmo com tantos fatores contrários,
Lucas acredita. Segundo ele, apesar do ótimo momento do Atlético-MG e
dos desfalques, o São Paulo tem elenco e, principalmente, tradição
suficientes no torneio para avançar.
- É uma situação muito complicada, mas
dá pra ganhar. Eu acredito. Sem o Luis Fabiano e o Jadson, que vive um
grande momento, a parte mais difícil vai ser vencer o Atlético, e essa
tem de ser a preocupação. O São Paulo tem que deixar o jogo da Argentina
para depois. Acho que lá vai dar tudo certo, o Arsenal vai segurar o
Strongest. Não é possível vencer no Morumbi e não dar certo. O São Paulo
tem elenco e tradição, e isso conta – afirmou.
Lucas acompanha tudo o que se passa com o
Tricolor. Durante os dias de crise mais intensa neste ano, perguntava
ao seu estafe sobre as divergências entre o técnico Ney Franco e os
jogadores, os problemas a que Luis Fabiano se referia nas entrevistas.
Também há pessoas do clube com quem ele mantém contato.
O volante Wellington era seu grande
amigo no Morumbi. Já Rogério Ceni era ídolo, e depois virou fã. Desde
que Lucas foi vendido, no início do segundo semestre do ano passado, o
goleiro manifestou sua preocupação com o futuro da equipe sem ele. O
carinho era tanto que no pódio da Copa Sul-Americana, após o título,
Ceni colocou a faixa de capitão no braço do atacante, que fazia sua
despedida, e deixou que ele levantasse a taça.
- Sempre falo com eles. O Rogério, o
Wellington, o Milton Cruz. Quero dizer que estou torcendo muito,
acompanhando tudo de longe. Sempre falei que eles sabem como foi difícil
a classificação para a Libertadores. Agora que eles estão disputando,
têm de lembrar disso e darem o melhor em campo – receitou.
Além do título da Sul-Americana, a
quarta colocação no Campeonato Brasileiro deu ao São Paulo o direito de
disputar a primeira fase da Libertadores, na qual passou pelo Bolívar.
No fim do ano passado, o diretor de futebol Adalberto Baptista disse que
a “cereja do bolo” das contratações para 2013 seria o substituto de
Lucas. O alvo era o chileno Eduardo Vargas, mas o Grêmio levou a melhor.
Nesta quarta-feira, Douglas, mais uma vez, deverá fazer o papel que era
do atacante pela direita, já que Jadson está suspenso.
Ceni deu faixa de capitão e taça para Lucas erguer na despedida (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)
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